Nosso nível de Julgamento e a qualidade de nossas Relações

Em todos os relacionamentos e processos de comunicação da sua vida há uma presença comum: você. Mas apesar de passarmos mais tempo conosco mesmo do que com qualquer outra pessoa, nem sempre isso significa que de fato nos conhecemos bem.

E ao examinar com mais cuidado quem realmente somos, nos sentimos tentados a classificar e julgar o que descobrimos.

Na verdade, passamos tempo demais julgando a nós mesmos e às outras pessoas. O julgamento resulta, muitas vezes, de compararmos as coisas tais como realmente são com o que achamos que elas deveriam ser, e fazê-lo significa não aceitar a realidade tal como ela é. Com isso criamos infelicidade e atrapalhamos o fluxo da verdadeira comunicação. Afinal, você nem precisa expressar verbalmente um julgamento pessoal para que a pessoa o sinta: ela percebe inconscientemente que você a está julgando.

O julgamento cria um círculo vicioso: quem é julgado por tudo o que faz torna-se menos propenso a agir, a assumir riscos, ser criativo, tentar coisas ou deixa-las fluir. Ficar o tempo todo procurando nossos erros e defeitos, reais ou imaginários, equivale a nos automutilarmos, a nos tornarmos prisioneiros de uma vida de limitações.

Não se julgar não significa ser indiferente, não se importar ou ser irresponsável, mas saber que está fazendo o melhor que pode em cada situação, com os recursos disponíveis no momento. Olhando para trás, você sempre poderia dizer que faria melhor da próxima vez ou que deveria ter feito diferente, mas naquele momento você fez o que fez – o que conseguiu fazer naquela situação, com seu nível de consciência e compreensão. Aceite, mude o que for possível e siga adiante. Sem dúvida terá pessoas que talvez não consigam ou queiram, neste momento, manter um compromisso com esta melhoria, com o próprio aprendizado. Aceitá-las é permitir que elas fiquem onde querem estar, é dar a elas este espaço, permitindo que elas partam e que você siga o seu caminho, com serenidade e amor.

Tenha o compromisso de avançar a cada dia e observe os demais a sua volta para refinar seu próprio padrão de excelência. Comunicadores competentes se esforçam para não julgar ninguém, incluindo a si próprios. Lembre-se aqueles que julgam excessivamente os outros, tendem a realizar muito pouco por medo do julgamento dos outros.

Se você parar de julgar as pessoas, elas se sentirão inexplicavelmente atraídas até você, elas amarão estar na sua presença devido à liberdade que você lhes proporciona e a um tipo de leveza que raramente se sente e vê.

DICAS PARA FORTALECER A EMPATIA: Experimente ficar perto das pessoas sem julgá-las, inclusive mentalmente. Busque apreciar o esforço que elas fazem na tentativa de serem felizes. Talvez você se veja um tanto quieto – isto acontece porque quando se abre mão de julgar, mesmo que sutilmente, boa parte do que normalmente se diz passa a ser irrelevante.

Adaptado a partir de: Wood, P. Os Segredos da Comunicação Interpessoal

 

Atuo na área de desenvolvimento de competências de liderança e empreendedorismo desde 2002, utilizando metodologias ativas que fortalecem a autorresponsabilização por meio de oficinas, palestras e cursos. Credenciada como facilitadora do Seminário Empretec e da ENAP (Escola Nacional de Administração Pública) há mais de dezoito anos. Sou formada em Engenharia Elétrica pela UnB, com formações em Gestão de Pessoas com base em competência, Coach (pela Sociedade Brasileira de Coaching) entre algumas outras. Entre clientes: Grupo InPress, Banco do Brasil, Sebrae Nacional, Sebrae DF, Sebrae AP, Sebrae MG, Almeida França Engenharia, IFCT/ Volta Redonda; CTIS, PGR, entre outros.

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