Como gerar comprometimento – quais líderes queremos seguir

 Num ambiente em constante mudança, onde as relações familiares, trabalhistas e profissionais estão em franca restruturação e resignificação, é ainda mais relevante fortalecer o senso de propósito e direção nas empresas. O anseio humano por significado, por fazer parte de algo maior do que si mesmo, por legado, não foi e nem será alterado.
Mas a forma de estruturar este caminho, de formular e executar as estratégias que irão conduzir as empresas na direção desejada, esta sim, precisa ser revista. Não é mais possível que somente uma única pessoa ou mesmo um pequeno grupo de “superdotados” formule a estratégia a ser seguida. Uma realidade é usualmente complexa demais para que este grupo – comumente distante da ponta – consiga antever os desafios do percurso.
Assim, cabe ao nível estratégico das empresas estimular o surgimento de novos líderes, de impulsionar a participação, o questionamento. A fala do diretor- presidente da Cisco Systems, John Chambers, pode elucidar o cenário atual e os desafios que ele reserva aos gestores:

“Eu sempre fui do tipo comando-e-controle. Se eu dissesse “vire à direita”, todos os 65 mil funcionários dobravam à direita.
Mas não é possível para uma organização crescer e assumir novas empreitadas quando somente uma pessoa está controlando toda a estratégia. Quando você tem a postura de comando-e- controle, as pessoas impactadas pela sua decisão podem escolher não aceitá-la e então elas atrasam ou até paralisam o processo.
Em minha visão, os dias de manter tudo sob o seu controle não voltam jamais. Toda a equipe de liderança, inclusive eu, teve que inventar um modo diferente de trabalhar e não foi fácil. Mas quando aprendi a deixar a coisa fluir e dei à equipe tempo para chegar à decisão correta, descobri que as pessoas tomavam decisões tão boas ou melhores, e o que é importante também, elas estavam mais investidas na decisão e assim, a especulavam com maior rapidez e comprometimento. Tive que aprender a ter paciência para deixar o grupo pensar.”

O anseio por transformar o mundo à sua volta é uma característica das pessoas mais talentosas mas, esta faceta tão desejada pelas empresas guarda em si, um grande desafio para os gestores refletirem: consigo conviver com o surgimento de outros líderes? Consigo observar que talvez minhas boas ideias possam ser suplantadas por outras? De fato, acredito nas pessoas e dou a elas tempo para trazerem o seu melhor? Quais minhas ações revelam esta disposição?

Nas oficinas de liderança são trabalhadas técnicas de feedback e mesmo de condução de conversas de coaching (com uso de perguntas ) por meio de estudo de caso e dramatização o que impulsiona o desenvolvimento de novas habilidades. O esforço de aprender a gerir pessoas neste novo cenário, sem dúvida não é fácil mas pode contribuir de forma significativa para gerar um ambiente com maior sinergia e com melhores resultados.

Atuo na área de desenvolvimento de competências de liderança e empreendedorismo desde 2002, utilizando metodologias ativas que fortalecem a autorresponsabilização por meio de oficinas, palestras e cursos. Credenciada como facilitadora do Seminário Empretec e da ENAP (Escola Nacional de Administração Pública) há mais de dezoito anos. Sou formada em Engenharia Elétrica pela UnB, com formações em Gestão de Pessoas com base em competência, Coach (pela Sociedade Brasileira de Coaching) entre algumas outras. Entre clientes: Grupo InPress, Banco do Brasil, Sebrae Nacional, Sebrae DF, Sebrae AP, Sebrae MG, Almeida França Engenharia, IFCT/ Volta Redonda; CTIS, PGR, entre outros.

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