O poder das boas perguntas

Um dos papéis dos gestores é assumir uma posição de liderança na busca por fomentar o engajamento e sinergia das equipes que estão coordenando. Muito tem sido estudado e pesquisado sobre a liderança e sua delicada relação com as equipes. No início do século XX, muitos acreditavam que a liderança era algo nato, não seria possível alguém desenvolver características de um bom líder. Depois, a grande maioria dos pesquisadores do tema, passaram a se debruçar sobre a identificação das principais competências de um líder pois já se defendia que era totalmente possível alguém conseguir desenvolver tais características.

O foco sempre foi colocado sobre o líder, até mesmo a distribuição dos bônus pelos resultados alcançados tinham uma maciça apropriação feita pelo líder. Em especial, os pesquisadores vindos de áreas do conhecimento correlatas à sociologia viam que algo faltava ser observado. O líder não teria como construir seus resultados sem sua equipe, sem liderados comprometidos e mesmo com algumas características de liderança.

Observando equipes onde o gestor assumia uma postura de “ter todas as respostas” (ou mesmo ficar numa espécie de “casulo enigmático”), pouco ouvindo e interagindo com sua equipe, fatos interessantes vieram à tona. Tanto falar em demasia as respostas e estratégias, quanto ficar num silêncio distante, tende a gerar uma espécie de barreira emocional ao redor do gestor isolando ele dos seus subordinados.

Neste ambiente “frio” onde o gestor quer supor que todos já sabem o que fazer – quer por ele já ter dito (ou enviado por email) ou por ele assumir que nada precisa ser dito pois todos já sabem seu papel – os colaboradores tendem a manter uma postura de “harmonia” e aparente produção. É aparente pois quando perguntados sobre o andamento de determinado projeto ou resultado, os subordinados tendem a hesitar, e usualmente expressam ter acreditado que ou o prazo era maior, ou a tarefa seria realizada por outro, ou “descobrem” que não tinham entendido exatamente o que se esperava deles ( ou ainda uma variação destas ambiguidades). Ficando evidente a busca por evitar assumir responsabilidades e a pouca atenção aos resultados. O resultado geral é uma baixa produtividade e eficiência.

Mas onde mesmo isso tudo começou? Sem dúvida mais é esperado do gestor – pela função que ocupa – mas podemos também dizer que faltou um líder, alguém que evidenciasse que a estratégia e mesmo os resultados desejados não estavam claros. Esse líder poderia ser o próprio gestor ou um dos colaboradores. Num cenário onde a eficiência faz muita diferença para que as empresas prosperem não somente é necessário ter gestores que sejam líderes como também ter colaboradores com perfil de liderança.

O que o gestor pode fazer para mudar o quadro acima? Ter boas perguntas mais do que ter boas respostas! Ser um líder é instigar a participação, é conseguir tocar nas “feridas”, colocar as questões importantes na mesa e dizer: “não sei exatamente como fazer, alguém tem uma boa sugestão?” .

É claro que já terá estudado algumas boas opções, mas não irá falar sobre elas. Esta pesquisa anterior irá servir para que ele possa conduzir boas perguntas e mesmo estar atento as boas ideias que usualmente não nascem prontas mas com um olhar atento podem ser refinadas e tornarem-se ótimas opções. Em nossas oficinas de liderança, estas práticas são experimentadas por meio de estudos de caso e contribuem para formação de novos bons hábitos. Agende uma visita!

 

 

Atuo na área de desenvolvimento de competências de liderança e empreendedorismo desde 2002, utilizando metodologias ativas que fortalecem a autorresponsabilização por meio de oficinas, palestras e cursos. Credenciada como facilitadora do Seminário Empretec e da ENAP (Escola Nacional de Administração Pública) há mais de dezoito anos. Sou formada em Engenharia Elétrica pela UnB, com formações em Gestão de Pessoas com base em competência, Coach (pela Sociedade Brasileira de Coaching) entre algumas outras. Entre clientes: Grupo InPress, Banco do Brasil, Sebrae Nacional, Sebrae DF, Sebrae AP, Sebrae MG, Almeida França Engenharia, IFCT/ Volta Redonda; CTIS, PGR, entre outros.

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