Líderes e Seguidores – o que está mudando?

Ao que parece essa relação está de fato mudando – será que chegou a vez do seguidor? Ao longo da história da humanidade, os que não tinham poder, autoridade e influência tiveram relevância em processos importantes. Algumas mudanças foram realmente geradas por pessoas em funções subordinadas, e não em cargos superiores. Mesmo assim o século XXI está destinado a ser ainda mais diferente. No lugar dos lideres atraindo flashes, já temos visto, os seguidores falando muito mais e com mais frequência do que antes.

Isso não quer dizer que tenha mudado radicalmente o relacionamento entre os que têm e não têm poder, autoridade e influência. Mas estamos experimentando uma época em que o campo de ação está relativamente nivelado. Esse é um tempo em que, a obediência irrestrita à autoridade não estava incluída no contrato de trabalho.

Harlan Cleveland, especialista norte americano, em liderança e gerenciamento, foi um dos primeiros a examinar a ligação existente entre liderar/ gerenciar  e a revolução da informação. Cleveland discerniu que a informação, não as coisas, se tornou o recurso mais poderoso do mundo. De acordo com Cleveland, é possível identificar algumas das implicações da revolução da informação, especificamente no que diz respeito aos lideres e seguidores.

•  Ninguém em lugar algum será totalmente responsável por coisa alguma – gestão compartilhada,

•  A diversidade mudará nossa concepção de quem pode e deve liderar – gestão por competência,

•  Os clamores das maiorias desfavorecidas no mundo todo não serão mais tão facilmente ignorados – empoderamento das massas,

•  Os seguidores em toda parte “terão acesso às respostas da política, antes mesmo de seus líderes” – alto nível de exposição e velocidade de compartilhamento.

Para os superiores e seus subordinados, a importância da competência e da perícia muda não somente a dinâmica existente entre eles, mas também a concepção do que efetivamente significa liderar e obedecer.

A era da informação se apoia nas mudanças comportamentais conquistadas pelas gerações dos anos 1960 e 1970. O  anseio por mais liberdade e igualdade, enfim, começa a revelar seus frutos por meio de diferentes relações de poder dentro e fora das empresas.  Os líderes passam a experimentar menos poder e os seguidores são convidados a assumir uma postura de maior participação.  Estamos preparados para esse novo cenário?

Dos líderes será exigido cada vez mais habilidade em planejar e moldar o ambiente para que essas novas relações possam ocorrer de forma produtiva e organizada. A estratégia passa a ser um ponto central na atuação das lideranças, abrindo espaço para a participação de forma estruturada. Conduzir um processo contínuo de execução e refino da estratégia que priorize a aceitação de erros e o compromisso com novos resultados é o novo modelo mental a ser capturado.

Consulta: Como os Seguidores Fazem os Lideres – Barbara Kellerman

Atuo na área de desenvolvimento de competências de liderança e empreendedorismo desde 2002, utilizando metodologias ativas que fortalecem a autorresponsabilização por meio de oficinas, palestras e cursos. Credenciada como facilitadora do Seminário Empretec e da ENAP (Escola Nacional de Administração Pública) há mais de dezoito anos. Sou formada em Engenharia Elétrica pela UnB, com formações em Gestão de Pessoas com base em competência, Coach (pela Sociedade Brasileira de Coaching) entre algumas outras. Entre clientes: Grupo InPress, Banco do Brasil, Sebrae Nacional, Sebrae DF, Sebrae AP, Sebrae MG, Almeida França Engenharia, IFCT/ Volta Redonda; CTIS, PGR, entre outros.

    2 Comments

  1. Alexandre Magno Oliveira
    24 de julho de 2016

    Muito boa matéria, assim como o site.

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